Segunda-feira, 14 de Junho de 2004
Saudade...
Saudade daquilo que perdi
sem nunca ter tido...
Saudade daquilo que vivi
sem nunca ter vivido...
É essa saudade que me mata,
me maltrata, me destrói;
É essa saudade que me afasta,
me devasta, me corrói...
E perguntas porque choro, porque grito,
porque corro?
Porque se não encontro o que procuro
eu morro!
Quarta-feira, 9 de Junho de 2004
Sereno
Sereno chegaste sem pedir licença e foste ocupando as lacunas do meu dia-a-dia
Sereno
Sereno te deste a conhecer e me quiseste conhecer; no abrigo do meu carro, do teu cigarro
ao abrigo do mar, dareia, do nascer do sol
ao abrigo das horas que pareciam minutos e dos minutos que pareciam segundos
O tempo voava, a conversa era muita
havia sempre muito pra dizer não era? Havia tanto a conhecer, tanto a mostrar
havia tanto desejo no ar!... Era o desejo de um abraço, de um beijo, de uma troca de olhares mais longa, de uma oportunidade pra nos tocarmos, de uma oportunidade pra nos sentirmos, para nos amarmos
E era assim que o tempo voava, a conversa era muita
havia sempre muito para dizer não era? Havia tanto a conhecer, tanto a mostrar
havia tanto desejo no ar!... Sereno
Sereno foste desaparecendo sem pedir licença e foste desocupando as lacunas do meu coração
outrora agitado e agora sereno
sereno